Quinta-feira, 30 de Junho de 2011

Fim do Infinito

Vaguear.

Caminhar, correr, andar... 

Buscar sem saber bem o quê, sabendo que é mesmo isso que se quer encontrar. 

Ouvir... escutar, guardar, e calar. 

 

Deixar-se levar pelo vento, por vezes bem forte; outras vezes quase sem se sentir. Vento que abala, ou simplesmente embala.

Seguir por caminhos desconhecidos, por vezes entediantes, outras vezes emocionantes; ou seguir por caminhos conhecidos, muitas vezes entediantes, muitas vezes impostos, outras vezes seguros e pacificadores.

 

Dar, outras vezes receber. Esgotar-se e esgotar... cansar, cair, parar. Perder-se do seguimento da viagem... e novamente seguir, correr, encontrar. 

Sempre, em ciclos mais ou menos regulares. 

 

Girar, desconhecendo os detalhes da rota, apanhando bagagens perdidas noutras voltas e largando outras. Olhar em frente, ver o fim, outras vezes o princípio.

 

Tudo é relativo, tudo é incerto. No entanto, tudo se repete de forma irrepetível. Cada ser a seu modo; cada coisa a sua forma; cada processo o seu procedimento; cada gesto a sua definição.

 

E no fim, no fim de tudo, todos iguais.

 

Rio Gêba, Bafatá, GB

 

para...: todos os que ousam enfrentar a luta do dia a dia.
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sentido por Anjo da Noite às 23:49
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Sábado, 8 de Janeiro de 2011

O sonho comanda a vida... ou a vida comanda o sonho?

 

Tenho medo de estar a tornar este blog num poço de depressão... mas, de facto, tem sido um amigo fiel que me dá alguma segurança... e o que tenho para partilhar hoje não é muito diferente do que tenho partilhado nos últimos tempos.

 

Estou triste. Estou frustrada. Sinto-me mal comigo mesma. E continuo a sentir-me egoísta.

 

Por vezes, tiramos conclusões na nossa vida que nos fazem perceber em que ponto estamos, qual o sentido da nossa vida e qual o motivo da nossa existência e isso faz-nos traçar o nosso caminho e prever como será o resto da nossa vida.

 

Não é positivo que isto aconteça, mas mesmo tendo consciência de que a vida muda de um dia para o outro, mesmo sabendo que aquilo que é certo hoje, amanhã pode não ser, há certos aspectos que se vão encaixando e revelando e as coisas vão-se definindo.

 

Neste momento vivo sozinha com a minha mãe... porque "falta o papá" como partilhei já anteriormente... e neste momento estamos a atravessar mais uma fase difícil com uma doença que surgiu no caminho da minha mãe.

 

Com tudo o que isso significa, faz-me sentido estar aqui para ela, acompanhando-a em tudo o que puder e sendo verdadeiramente filha dela. Nem sempre é fácil e nem sempre o consigo fazer da melhor forma, mas faz-me sentido que essa seja a minha prioridade hoje, tal como amanhã.

 

E é aqui que entra o meu egoísmo.

 

Neste momento, tenho que abstraír-me daquilo que são as minhas vontades e os meus sonhos e tenho a triste sensação de que este momento se prolongará para o resto da minha vida, porque estou na fase da vida em que temos tudo na mão e podemos decidir tudo... e eu não posso decidir nada, porque tenho a sensação de que já foi decidido por mim.

 

Porque não sair deste país, partir para uma aventura, arriscar, viver? Não tenho nada que me prenda... não tinha!

Porque não outra cidade, outro trabalho, outra formação? Não tenho nada que me impeça... não tinha!

 

Família é família, sempre! Nos maus momentos como nos bons. Mas claro que se a família está bem, é mais fácil afastarmo-nos, porque mesmo longe estamos perto. Mas se a família está mal, não podemos afastar-nos caramba! Temos que estar presentes.

 

Há que engolir em seco... acreditar que talvez o nosso caminho passe por aqui, talvez se possa arriscar um dia... talvez arriscar não seja para nós...

 

Mas... e sonhar? Não é o sonho que comanda a vida? Temos que sonhar! Mas como sonhar assim? Como pensar em nós e na nossa vida quando fazemos parte dos pensamentos e da vida de outras pessoas e quando essas pessoas precisam de nós?

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sentido por Anjo da Noite às 23:39
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Quarta-feira, 28 de Julho de 2010

Viver... porquê?

 

Porque é que uns dias nos sentimos tão bem, como se tivéssemos a vida na palma da mão, e nada nem ninguém nos pudesse abalar, e noutros dias nos sentimos um autêntico bandalho... sem valor nem interesse, que tantos defeitos tem quantos vai descobrindo ter...

 

Porque é que numa hora nos sentimos fortes, seguros, com todas as certezas do mundo e na hora seguinte caímos, quebramos, estilhaçamos!

 

Porque é que num minuto temos o mundo e o mundo pertence-nos e no minuto a seguir sentimos que o mundo nos passou ao lado e perdemos a viagem?

 

 

Crescer? Talvez...

 

 

Mas porquê tanta procura, tanta ânsia por mais, tanto desprezo pelo que se tem em função da busca do que se quer ter?

 

Porquê buscar algo mais quando o que se tem é tão bom? Porquê identificar necessidades onde antes víamos potencialidades?

 

Porquê metermo-nos em caminhos deconhecidos, obscuros, contraditórios, se o que buscamos já o temos?

 

Porquê caír e ficar deitado, se apregoamos a importância do levantar?

 

 

 

 

 

Porquê tanto porquê, quando sentimos que conhecemos todas as respostas?

 

 

 

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sentido por Anjo da Noite às 00:02
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Terça-feira, 5 de Maio de 2009

Construindo (09/05/008)

Hoje dia 9 de Maio de 2008, se a vida não desse tantas voltas, estaríamos confortavelmente reunidos em família lá em casa, a festejar o 54º aniversário do meu papá.

Mas não estamos, por muitas circunstâncias e acontecimentos, tanto na nossa vida familiar, como na vida de cada um de nós.

Não poderia então deixar de falar do meu pai no dia em que recebi este caderno que fiz questão de inaugurar. Obrigada à Aninhas, que, todos os anos me presenteia com um miminho por altura do meu aniversário, em Abril.

Este ano, por mais uma circunstância da vida, estou longe, muito longe de casa, e só hoje recebi o miminho que não perdeu o valor… aliás, tornou-se ainda mais importante por tudo o que simboliza, por estar longe e com tantas saudades e porque já não era esperado.

Isto de estar longe de “casa” é complicado… tudo assume uma dimensão diferente… e percebemos muitas coisas que não conseguimos perceber quando estamos perto…

Por outro lado, trata-se de uma experiência infinitamente “grande” que nos obriga a um amadurecimento pessoal, que nos pode custar mais ou menos, mas ao qual não podemos escapar.

Estarmos longe da nossa “casa” significa estarmos longe de tudo aquilo que fomos até ao dia em que partimos… e trata-se de um “estar longe” permanente, em que não podemos correr para o nosso lar quando nos sentimos inseguros…

A nossa “casa” é a nossa casa, a nossa família, mas também os nossos amigos, as nossas rotinas, os nossos refúgios, os nossos hábitos… quando partimos é como que se tivéssemos que construir uma nova casa, bem forte (porque lá habitaremos sozinhos até termos segurança para deixar entrar alguém), e essa casa teremos que construí-la sozinhos: procurar todo o material, transportá-lo, colocar tudo no sítio… e sem parar, porque se demorarmos muito, ficaremos sem casa, desprotegidos, expostos a todos os perigos.

Desde que cheguei que comecei a construir a minha casa nova. Projectei um desenho bonito, mas ainda estou apenas nos alicerces. Está a ser difícil… mas consegui alguns ajudantes e tenho uma fonte de energia que não se esgota. Assim, quando fico mais cansada, recorro a essa fonte, e fico revitalizada…as forças voltam e a vontade de terminar a casa rapidamente aumenta… até porque percebo que, quanto mais tempo demorar a construir a minha casa, menos tempo habitarei dentro dela.

E é assim, falando de construções que termino o meu primeiro registo neste caderno.

Voltarei a escrever para descrever o decorrer das obras da minha “casa”.

 

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sentido por Anjo da Noite às 20:19
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Terça-feira, 3 de Abril de 2007

Equilíbrio

Num dia choramos...

No dia seguinte sorrimos...

É assim a vida que temos.

Aos momentos tristes sucedem os momentos felizes,

e aos momentos felizes sucedem os tristes.

A vida não pára.

O mundo não espera que gozemos à vontade os momentos que nos fazem sentir bem,

Nem tão pouco nos dá tempo

de digerirmos tudo aquilo que nos destrói e nos deixa em baixo.

Há que viver, sempre e a cada momento, pois cada momento pode ser diferente.

Há que viver, ao máximo, sem esperar nada, nem planear muitas coisas...

Há que deixar correr... deixar passar o tempo... deixar a vida manifestar-se...

Acima de tudo, há que aceitar um segundo, um minuto, uma hora...

Há que aceitar a vida toda... conforme o que ela nos faz sentir a cada dia.

Não adianta perder tempo a esperar melhor ou a preocupar-se com o pior...

A cada momento, cada coisa acontecerá...

Num equilíbrio perfeito do Universo.

Todas as pessoas têm os seus altos e baixos...

mas é sempre possível verificar o equilíbrio.

Que ninguém se considere demasiado triste e “amaldiçoado”

que não consiga ter momentos bons...

E que ninguém se considere demasiado feliz

que não se encontre triste num momento da sua vida...

Mas principalmente,

Que ninguém seja cego e não consiga ver o equílibrio da sua vida...

Que ninguém seja demasiado egoísta para não perceber

que por as coisas não serem como queria,

não quer dizer que não sejam perfeitas na mesma...

 

Que cada pessoa saiba abrir os olhos e perceber que realmente existe um equilíbrio...

E que o ponto de equilíbrio da vida de cada um, é ele próprio...

 

 

3 de Abril de 2007

 

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sentido por Anjo da Noite às 23:28
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