A noite está calma, em paz.
A serenidade sente-se na singularidade dos seres adormecidos... Está luar e as estrelas acentuam-se intensamente no escuro do céu.
Pelo ar, apenas fantasmas vagueiam solitários... procuram quem os acolha e sabem onde procurar.
Ouve-se o vento, ao de leve... de mansinho... pacífico, mas com uma tremenda vontade de soprar, de correr, de gritar...
A Natureza permanece... assim... muda e quieta... à espera. Espera o fim da noite, espera a partida dos fantasmas, espera o sol. Imensa, infinita, mãe e senhora de tudo, mas humilde, calada, submissa. Assim permanece... porque assim quer permanecer. Tudo controla, tudo origina e tudo abarca... mas não se incomoda e espera.
Espera e volta a esperar, porque sabe que o ciclo é perfeito e depois do fim vem um novo príncipio.
Mas cala-se e chora em silêncio. Chora porque tudo conhece, tudo presencia e tudo sente.
Não deixa que ninguém a veja chorar, mas chora - de tristeza, angústia e medo. Ela sabe que até ela, poderosa, majestosa, tudo controla e tudo sabe e talvez por isso permanece. Quieta e silenciosa.
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