Viver por viver, viver porque sim.
Viver, indiscutível... mas, para quê? Haverá sempre uma meta a alcançar? Haverá sempre um caminho a percorrer?
E quando não há? Porquê a angústia de uma incerteza cruel, o sentimento de nos termos perdido?
E quando as forças acabam? Simplesmente porque não há motivo para gastar energias! Quando se perde o norte, porque o norte se torna igual ao sul... Quando deixa de se questionar, porque não há interesse em obter respostas; quando deixa de se sorrir, porque sorrir deixa de ser especial...
Será possível tamanha indiferença perante a vida? Perante o dia-a-dia? Perante cada respirar, cada olhar?
Será possível viver assim, só por viver... sem objetivos, sem anseios, viver o nada?
A vida assim não tem sabor... mas porque tem que ter? Quanto mais sabor lhe queremos retirar, mais sofrimento lhe temos que dar; então, para quê?
Cansada de viver, talvez. Talvez cansada de viver tanto para produzir tão pouco... cansada de sonhar, de acreditar, de voar para depois acordar, desiludir, caír.
Ficar parada não será a melhor atitude... mas para quê avançar? E para onde?!
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